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Oi gente!
A newsletter de hoje chega — infelizmente — com um pouco de mais de mesmo: diante do cruel assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, falamos dos protestos que acontecerão; da cortina de fumaça de Demares; e mais um pouco sofre violência policial. Parafraseando James Baldwin, viver nesse país e ter um pouco de consciência, é estar sempre em estado de raiva.
EM ALTA.
Revolta. Rio de Janeiro e São Paulo realizarão atos em protesto pela morte de Moïse, de 24 anos. O jovem congolês foi brutalmente assassinado no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
Anti-ministra e anti-vacina. Enquanto “trabalha em silêncio” em relação ao caso de Moïse , a ministra Damares Alves foca no que realmente importa: antivacinas e TikTok. Segundo Damares, sofrer sanções por não tomar a vacina contra a covid-19 é uma violação de direitos humanos, que abriu o disque 100 – canal federal que recebe denúncias contra violações de direitos – para os antivax chorarem as pitangas. Bem, Damares também disse nesta semana que gravidez precoce e TikTok estão relacionados (UOL/Carta Capital/Isto É).
De olho. Letalidade policial desaba 85% em batalhões de SP com câmeras em uniformes. Essa redução foi puxada, em boa parte, pelos batalhões integrantes do programa Olho Vivo, das câmeras "grava tudo", expandido em junho de 2021 (Folha).
A moda pode pegar. A violência policial também é tema de julgamento em curso no STF, a chamada ADPF das Favelas. A Corte formou maioria nesta quarta-feira (2) para obrigar o Rio de Janeiro a criar uma plano de redução da letalidade policial. O julgamento segue na tarde de hoje e uma das propostas em debate é se os polícias do Rio devem usar câmeras nos uniformes (Conectas).
Muitas mudanças, poucas respostas. A investigação da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, vai passar pela quinta mudança de delegado responsável. As alterações foram publicadas em um boletim da Polícia Civil (G1).
Ataques contra indígenas. Monitoramento de grupos no aplicativo de mensagens mostra que desinformação e mentiras servem como estratégia para enfraquecer a luta indígena. Um tema importante como a demarcação de terras indígenas sofre ataques constantes nessas plataformas (InfoAmazônia).
Escravidão moderna. Uma mulher, que trabalhava como doméstica, foi resgatada na casa do pastor da Assembleia de Deus, Geraldo Braga da Cunha. De acordo com as informações, a mulher vivia a 32 anos em condição análoga à escravidão. O caso aconteceu na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte (Folha).
DICAS
O documentário “The territory”, que retrata a luta do Povo Uru-eu-wau-wau contra a invasão de seu território em Rondônia, recebeu o prêmio do público e um prêmio especial do júri na categoria de documentário internacional no Festival de Sundance, uma das maiores premiações do cinema independente no mundo.
Glossário, do Nexo Jornal, sobre Democracia e redução das desigualdades.
O livro "Racismo algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais" do pesquisador Tarcízio Silva está em pré-venda.
OPORTUNIDADES
Oxfam contrata Líder de Arquitetura do Conhecimento (Qualquer cidade na qual a Oxfam tenha escritório).
Instituto Socioambiental abre vaga para Assistente em Parcerias (São Paulo).
Instituto Igarapé abre duas vagas (Rio de Janeiro): Consultoria em atividades de mobilização, comunicação de impacto, articulação e incidência política.