Muita exploração, pouco salário. Em muitos casos, nem a remuneração existe. A news de hoje traz algumas notícias sobre a situação das pessoas trabalhadoras no Brasil. E mais: análise sobre o atentado em Buffalo, mineração, comunidades terapêuticas e dica de bolsa na ONU.
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EM ALTA
Precarização. O rendimento médio e a proteção social de pessoas que trabalham por conta própria decresceu em 2021, de acordo com dados do Dieese ( Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O rendimento médio de trabalhadores que estão nessa condição há menos de dois anos é, em média, R$ 1.434.
A situação é ainda pior para mulheres e homens negros. A média para mulheres negras fica em R$ 994 e para os homens, R$ 1.362 (Extra).
Trabalho infantil. 160 milhões de crianças que trabalham em todo o mundo, 70% estão na produção agrícola, pecuária, silvicultura, pesca e aquicultura, segundo a ONU. Este cenário preocupante ficou ainda mais grave durante a pandemia de covid-19 (Terra).
A escravidão continua. Aqui no Brasil, ao menos 500 pessoas foram resgatadas neste ano em condições análogas à escravidão, informa o Ministério do Trabalho e Previdência. Minas Gerais responde por 73% dos casos em 2022 e lidera o ranking nacional (Folha).
Mineração irregular. Após ações do coletivo de moradores de quilombos da Chapada da Diamantina, na Bahia, a mineradora Brazil Iron foi interditada e está temporariamente proibida de trabalhar no local.
A interdição que vigora desde 26 de abril foi motivada por pelo menos 15 irregularidades apontadas pelo Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recurso Hídricos).
Cerca de 150 pessoas moram nas comunidades do local e entre os efeitos da mineração são citadas rachaduras nas habitações e contaminação das nascentes (Uol).
O pesquisador Sílvio Almeida comenta como o discurso supremacista branco encontra espaço dentro da pretensa liberdade de expressão. Discurso esse que motivou o terrorista que assassinou 10 pessoas pessoas em um supermercado em Buffalo, Nova York, no último sábado (14/05)
No fio, Natasha fala conta a história sobre as vítimas do massacre (em inglês).
Justiça. Um dos três policiais que assistiram ao assassinato de George Floyd, em maio de 2020, declarou-se culpado, pelo crime de homicídio culposo por negligência.
De acordo com um porta-voz do tribunal de Minneapolis em que Thomas Lane foi ouvido, a defesa do ex-policial sugeriu que ele cumpra uma pena de três anos pelo crime. Sua sentença final deve ser divulgada em 21 de setembro (Folha).
Torneira aberta. As controvérsias comunidades terapêuticas que recebem pessoas com uso problemático de drogas recebeu meio bilhão dos cofres públicos nos últimos anos, revela estudo da Conectas e do Cebrap. Violações de direitos humanos, como trabalho forçado, são registradas nestes espaços. E o pior: não existe base científica de que os tratamentos utilizados nestas comunidades são eficientes (The Intercept).
Grande dia 👍🏾. Por 73 votos a favor e nenhum contra, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou a cassação do mandato do ex-deputado Arthur do Val (Estadão).
DICAS
O Núcleo listou uma série de iniciativas para ajudar pessoas vulneráveis nesses dias de frio. Você pode fazer um PIX, colaborar com uma rifa e até trocar agasalhos por batata frita.
A piauí traz a história do plástico e ex-bombeiro Dalton Paula e sua notável busca pelos caminhos dos negros escravizados.
OPORTUNIDADES
A ONU tem bolsas para um curso sobre direitos humanos em Genebra, na Suíça, para afrodescendentes. As inscrições vão até 15 de junho.